- Assessoria de Imprensa
Colheita recorde no Paraná

Mesmo com as adversidades climáticas registradas no período (estiagem, excesso de chuvas e fortes geadas), o Paraná vai colher, segundo levantamento do Deral – Departamento de Economia Rural -, uma safra recorde estimada em mais de 36 milhões de toneladas. Há muitos anos, graças a determinação dos agricultores e o emprego de novas tecnologias, a produção do campo tem dado grande contribuição à economia do País. E isso precisa ser reconhecido e valorizado.
Se não fossem os problemas climáticos, a safra seria muito maior. Somente as recentes geadas do mês de julho acarretaram prejuízos sobre 2 milhões de toneladas de grãos correspondentes aos prejuízos nas safras de trigo e milho da segunda safra. O café também sofreu com as geadas e deverá perder até 62% da safra, mas só em 2014, segundo o Departamento e a Secretaria de Estado de Agricultura.
Engenheira agrônoma do Deral, Juliana Yagushi diz que o aumento da produtividade favoreceu a safra no Paraná. O crescimento está associado ao uso cada vez maior de produtos mais tecnológicos, novas variedades, além de assistência técnica e planejamento.
Dentre as culturas avaliadas pelo Deral, a da soja atingiu 15,8 milhões de toneladas, alta de 46% sobre a safra anterior. A produtividade média da soja alcançada no Paraná foi 3.381 quilos por hectare, 37% acima da média de produtividade do ano anterior, indicou a Secretaria de Agricultura.
Para o milho em primeira safra a produção foi avaliada em 7,14 milhões de toneladas, número 8% acima da safra anterior. De acordo com o Deral, a produtividade média alcançada foi de 8.158 quilos por hectare, 17% acima da temporada 011/12. A segunda safra de milho está estimada em 10,42 milhões de toneladas, crescimento de 5% frente ao igual período do ano passado. Mesmo com as geadas ocorridas em julho, que provocaram perdas nas lavouras, a segunda safra de milho no Paraná ainda é recorde, informaram também as entidades.
A seca e as geadas reduziram em 33% a produção de trigo no Paraná. A previsão inicial da safra era de dois milhões de toneladas, mas cerca de 950 toneladas serão perdidas. O prejuízo deve passar dos R$ 728 milhões.